Biometano pode auxiliar no suprimento do mercado catarinense de energia

A chamada pública coordenada lançada pela catarinense SCGÁS e outras quatro distribuidoras de gás natural no Centro-Sul do Brasil contempla também propostas com oferta de biometano. O insumo, que é obtido por meio do processamento do biogás e que se aproxima das características físico-químicas de aplicação do insumo tradicional, pode ser um fator importante para a oferta de energia no Estado, principalmente se estiver ligado à produção de dejetos da suinocultura.

Em 2009, estudo da UFSC realizado em parceria com a SCGÁS demonstrou o potencial de geração de metano na geografia catarinense. O relatório considerou fontes ligadas à geração de dejetos de animais, esgotos sanitários, resíduos sólidos e efluentes industriais. A conclusão é de que Santa Catarina poderia gerar 2.918.107 m³ por dia de biometano. O estudo mostrou também que este valor pode abastecer 54.685 residências com consumo médio de 200 KWh/mês. Atualmente, no Estado, são 16 mil clientes residenciais abastecidos com gás natural.

O valor potencial de produção do biogás é superior ao distribuído atualmente no Estado. Em fevereiro, por exemplo, a SCGÁS distribuiu uma média de 2.147.109 m³ por dia de gás natural. Segundo o relatório da universidade, 85% da produção seria proveniente de dejetos de animais, o que é um ponto positivo para o Estado. Concórdia, Videira e Seara, municípios do Oeste catarinense, são os principais potenciais produtores de biogás, devido a criação dos animais. O Vale do Braço do Norte é outra região de importante potencial e que considera também algumas vantagens logísticas para o aproveitamento desse tipo de energia.

O gás natural é um combustível fóssil resultado da degradação da matéria orgânica ao longo dos anos, composto principalmente por metano. O biogás, por outro lado, é uma fonte proveniente da degradação da matéria orgânica. Assim como o gás natural, pode ser utilizado na geração de energia térmica e veicular, só que de forma renovável.

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