A Cooperativa Mista de Agricultura Familiar (Copafasjo) vai comemorar 15 anos de atuação em prol do cooperativismo e da agricultura familiar no dia 23 de novembro. Fundada em 2007, inicialmente com trinta sócios, a cooperativa foi constituída com o objetivo de unir os produtores de leite para requerer mais valorização para o setor.

A Coopafa surgiu através do programa Microbacias 2, para fortalecer o cooperativismo. Isso se deu principalmente porque os pequenos e médios produtores de leite ganhavam pouco pela sua produção. Assim, com o surgimento da cooperativa formaram maior volume e puderem exigir mais valorização pelo seu produto.

Em 2013 inaugurou sua sede própria na saída da cidade, mais especificamente na estrada geral em direção à La. Fortaleza/La. Macuco. Em 2018, após uma forte crise no setor de leite, na qual a cooperativa sofreu uma grande perda econômica, foi decidido mudar a forma de gestão e de trabalho, abrindo o comércio também para não associados.

"Em 2012, através do programa Microbacias 3, recebemos um recurso que tornou possível o início da construção da sede própria, onde estamos instalados hoje, esta foi inaugurada em maio de 2013", informa o presidente, Marcos Antônio Stülp.

Stülp afirma que seriam 15 anos de grandes conquistas, porém de muitos desafios. "É uma história construída por muitas mãos, uma empresa do associado".

Atualmente a cooperativa conta com supermercado, agropecuária, venda de ferragens, medicamentos, sementes, insumos e defensivos agrícolas com entregas semanais. Ainda, em maio de 2020 a Copafasjo deu mais um grande passo, com a inauguração do seu próprio posto de combustível.

De acordo com o gestor da Coopafasjo, Dirceu Babick, o posto de combustíveis teria chegado para completar um amplo mix de atividades oferecidas na cooperativa, onde o cliente poderia realizar todas as compras do mês. Segundo Dirceu, recentemente a cooperativa remodelou um ambiente interno para o mercado e na loja agropecuária oferece desde insumos agrícolas e pecuários até uma ampla linha de produtos de higiene e limpeza de ordenhadeiras e completa linha de farmácia veterinária.

Babick informa que atualmente a cooperativa estaria sendo gerida de forma compartilhada pela equipe interna, aliada à participação dos conselhos de administração e fiscal, com muita responsabilidade, transparência e ética. "Com essa nova gestão de trabalho, a cooperativa vem registrando aumento significativo no faturamento".

A COOPERATIVA

A Copafasjo possui em seu quadro social 243 associados de São João do Oeste, Itapiranga, Tunápolis, Mondaí e Iporã do Oeste. Constantemente busca aumentar o quadro social. A principal vantagem do associativismo é a participação nos resultados da empresa.

Em sua estrutura possui 15 colaboradores diretos e dois prestadores de serviços. Entre eles, um veterinário, dois engenheiros agrônomos e três técnicos agrícolas. O conselho administrativo e fiscal reúne-se mensalmente, sendo a instância onde são tomadas as decisões.

No quadro social constam 62 produtores de leite que produzem aproximadamente 450 mil litros ao mês. Em 2021 a Coopafasjo movimentou R$ 24 milhões e em 2022 existe a expectativa de movimentar R$ 30 milhões.

PRESIDENTES

A cooperativa surgiu em 2007 com apoio e aporte financeiro da prefeitura. O então secretário de agricultura, Roque Marx, foi um grande incentivador do projeto. O primeiro presidente foi Romélio Flach. De 2011 a 2013 a cooperativa foi comandada por Paulo Jair Welter. Romélio Flach retornou para a presidência de 2013 a 2016. Flávio Walker exerceu o cargo de presidente de 2017 a 2018 e em 2019 a função passou para Marcos Antônio Stülp, que comanda a entidade até o momento.

AGROINDÚSTRIAS FAMILIARES

A cooperativa também teve o propósito de auxiliar agricultores na legalização de empreendimentos da agricultura familiar, como o aparecimento de marcas e rótulos para produtos. Várias agroindústrias familiares chegaram a surgir, mas depois de alguns anos aconteceram desistências. Entre os motivos pode-se citar entraves burocráticos e legais, mas também problemas relacionados à sucessão familiar nessas propriedades e ou pouco fluxo de vendas.