A produção de mel em Itapiranga movimenta dezenas de apicultores e gera entre 40 e 50 mil quilos do produto por ano, sendo fundamental para a economia local. À frente da Associação de Apicultores de Itapiranga (APITA), Rafael Bressler destaca que a entidade, fundada em 1976, é a mais antiga do Estado e hoje conta com 42 sócios ativos.

Apesar da tradição e qualidade do produto, o setor enfrenta entraves como a falta de incentivos públicos, o alto custo de produção e as oscilações no preço do mel, que chegou a valores abaixo do custo durante a pandemia. Outro ponto de preocupação é a possível taxação do mel brasileiro pelos Estados Unidos, que pode impactar fortemente a renda dos produtores, já que 60% do excedente nacional é exportado para o país.

A meta da associação agora é obter o SIF (Serviço de Inspeção Federal), que permitirá ampliar a venda do mel fracionado em todo o Brasil. Segundo Rafael, o potencial existe, mas é preciso garantir as condições adequadas para valorizar a atividade e manter os apicultores no campo.