Ex-combatente da Segunda Guerra Mundial é condecorado com medalha e certificado

Na quinta-feira, 14, o Comandante do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado de São Miguel do Oeste, Tenente Coronel Carlos Alberto Moutinho Vaz, esteve em São João do Oeste e entregou ao Cabo Reformado, Sr. Claudino Schutz, ex-Combatente da Força Expedicionária Brasileira, a Medalha da Vitória, concedida pelo Ministro de Estado da Defesa, Interino Joaquim Silva e Luna, como distinção e reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao País e, em especial, ao Ministério da Defesa no cumprimento de suas missões constitucionais durante a Segunda Guerra Mundial.

A Medalha da Vitória destina-se a agraciar militares das forças armadas, civis nacionais, militares e civis estrangeiros, policiais e bombeiros militares, organizações militares e institucionais, que tenham contribuído para a difusão dos feitos dos ex-combatentes durante a segunda guerra mundial, participando de conflitos internacionais na defesa dos interesses do país, integrando missões de paz, prestando serviços relevantes ou apoiando o Ministério da Defesa no cumprimento de suas missões constitucionais.

A história de Claudino Schütz 

O ex-combatente da Segunda Guerra Mundial completa 99 anos em abril. Entre as lembranças acumuladas pelo gaúcho Claudino Schütz, morador da cidade de São João do Oeste, encontram-se as vivências da guerra mais letal da história da humanidade. Claudino nasceu em Feliz/RS, no dia 13/04/1920. Aos 19 anos, começava a Segunda Guerra Mundial, mas apenas foi obrigado a servir o Exército a partir dos 22, em 1942. Schütz cumpriu a missão por três anos, afinal, em 1945, os aliados, comandados por EUA, Império Britânico e União Soviética, sacramentavam a vitória no conflito. "Recebi um aviso e no dia 22 de fevereiro tive que me apresentar ao Exército", relata.

Em defesa da nação, Claudino ficou numa situação que o opunha aos conterrâneos descendentes alemães. Os pais, por exemplo, imigraram da cidade de Theley/Alemanha, em busca de novas perspectivas no Rio Grande do Sul, onde já dispunham de terras para iniciar a colonização. "Quando entrei no Exército, não sabia nem como pedir para tomar um copo de água, em português", lembra.

Conforme o idoso, a cidade de São Leopoldo era habitada por alemães e ficou completamente destruída após bombardeio brasileiro. Claudino era encarregado de conduzir caminhão pipa e fazer serviços na cozinha para o Exército. "Ganhávamos um bom salário, mas depois de três anos enjoei do Exército e voltei para a propriedade, onde tínhamos sete hectares de terra", recorda.

Schütz casou-se com Alsira Bohn (em memória), com quem teve dez filhos. Junto com a esposa, migrou para Porto Novo, em 1954, numa viagem de dois dias e meio na estrada, sobre um caminhão. Claudino conta que entraram por Itapiranga e fixaram residência em La. Medianeira/SJO. Já na nova moradia, o idoso lembra que chegava a percorrer 15 quilômetros em picadas no mato para buscar alimento no interior de Itapiranga e depois retornava o trecho novamente a pé.

Schütz reside há oito anos na cidade de São João do Oeste, em companhia de familiares.


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